A endometriose é cada vez mais frequente nas mulheres. Ocasionada pela invasão de células do endométrio, tecido que reveste o útero, afeta também regiões como peritônio (camada interna do abdômen), ligamentos, tubas uterinas, ovários e até bexiga e intestino. Um dos seus principais sintomas é a presença de dor, desconforto, cólicas menstruais e dificuldade de engravidar.
O tratamento varia conforme a intensidade e a intenção de engravidar. Se o objetivo for apenas alívio da dor, costuma-se prescrever remédios e a possível necessidade de cirurgia. Quando o casal deseja engravidar, a abordagem é diferente. Os remédios não são indicados, pois agem como anticoncepcionais. A cirurgia, por sua vez, pode ser recomendada, pois não afeta a fertilidade. A opção mais comum é recorrer a um método de reprodução assistida para casais que querem ser pais, como a fertilização in vitro. Cada caso tem um desenvolvimento diferente, o que exige avaliação com um especialista.
Em números, 15% das mulheres em idade fértil, de 20 a 45 anos, apresentam endometriose. Existem três tipos: superficial, ovariana e profunda, com cerca de 50% das mulheres que apresentam dificuldade em engravidar sendo portadoras de endometriose. O diagnóstico pode ser feito pelo exame ginecológico com toque vaginal e confirmado por exames de imagem, como a ressonância nuclear magnética e o ultrassom transvaginal com preparo intestinal.