Ao realizarmos a estimulação ovariana, acompanhamos o desenvolvimento dos folículos presentes no ovário. Esses folículos crescem e, quando atingem um tamanho adequado, são coletados. No gráfico acima, podemos observar que o número de folículos visíveis no ultrassom, quando aspirados, indica a quantidade e a qualidade dos óvulos. No entanto, nem todos os folículos visíveis no ultrassom geram óvulos maduros.
Após a coleta, os óvulos maduros são fertilizados com espermatozoides em um processo conhecido como fertilização in vitro, formando os embriões. Ainda assim, não são todos os óvulos que são fertilizados ou mostram sinais de fertilização. Além disso, não são todos os pré-embriões que se desenvolvem; e dos que se desenvolvem, nem todos chegam ao estágio de blastocisto, que é o último estágio do desenvolvimento extrauterino. Mesmo após a transferência do blastocisto para o útero, nem todos os embriões se implantam com sucesso.
Esse processo, representado no gráfico, também é chamado de “funil reprodutivo” e demonstra o quão seletivo é o processo reprodutivo humano. Ele ilustra a filtragem constante de todo o processo. Essa explicação é fundamental para pacientes que buscam engravidar, ajudando-as a entender a importância de ter vários óvulos congelados no início do processo para aumentar as chances de uma gestação.
Fonte: SBRA