A endometriose é um distúrbio crônico inflamatório que afeta muitas mulheres, representando uma séria ameaça à fertilidade. Essa condição é caracterizada pela presença anormal de tecido endometrial fora do útero, podendo se espalhar para órgãos como os reprodutivos, intestino e até mesmo os pulmões. De acordo com o Ministério da Saúde, atinge uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva, sendo menos comum após a menopausa.
A Dra. Carolina Andreoli, especialista em Fertilidade, destaca a importância do diagnóstico precoce para mulheres que desejam engravidar. Embora seja possível conceber naturalmente ou através de técnicas de inseminação, a endometriose torna a gravidez mais desafiadora. A acumulação de tecido endometrial nos órgãos reprodutivos pode alterar sua anatomia, dificultando a fertilização e a implantação do embrião no útero.
Estudos indicam que 30% a 40% das mulheres com endometriose enfrentam problemas de fertilidade, enquanto metade das mulheres diagnosticadas com infertilidade também apresentam essa condição. A endometriose não apenas causa dores intensas, mas também pode ser silenciosa em alguns casos, tornando as consultas regulares ao ginecologista essenciais para um diagnóstico precoce.
Além da dificuldade para engravidar, os sintomas comuns incluem cólicas menstruais intensas, dor durante o sexo, dor ao urinar ou evacuar, fadiga e alterações intestinais. Embora não haja cura definitiva, tratamentos como o uso de contraceptivos hormonais para suprimir a menstruação e procedimentos cirúrgicos para remover lesões podem ajudar a aliviar os sintomas e preservar a fertilidade.
É crucial que as mulheres estejam cientes dos riscos associados à endometriose e busquem orientação médica se apresentarem sintomas preocupantes. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível gerenciar essa condição e aumentar as chances de conceber com sucesso.